Careca: conviver, tratar ou esconder?
Tem uma aula de genética que os garotos sempre prestam atenção: quando o professor explica como a calvície é herdada. Essa sim é um tipo de aula que prende a atenção de todos, principalmente pelo fato de que as mulheres descobrem na aula que também pode ser vitima da carequisse.
Para quem não lembra existem genes que sua expressão é influenciada pelo sexo.
Sabe-se que alguns genes expressam-se em ambos os sexos, porém de maneira diferente. Um bom exemplo é justamente o danado do gene da calvície hereditária na espécie humana, característica mais comum em homem do que em mulheres.
A calvície pode ser explicada por um padrão autossômico que se comporta como dominante no homem ( basta ter um deles para ser calvo) e recessivo na mulher (somente mulheres homozigotas serão calvas). Essa diferença no comportamento do gene é determinada pelo ambiente hormonal do corpo da pessoa, ou seja, o alelo só atua como dominante na presença de hormônios masculinos.
O médico dermatologista Luis Fernando Tovo explica que a calvície é resultado da ação de uma enzima (a 5-alfa-redutase) sobre a testosterona, o principal hormônio masculino. “Sobre a ação dessa enzima, o hormônio masculino se transforma em didrotestosterona. E essa substância é responsável por diminuir a fluxo de sangue para o couro cabeludo. Com isso os cabelos crescem menos e mais finos”.Tovo é categórico quando afirma que não existe “cura” para a calvície. Primeiro porque ficar careca é algo natural e não trás nenhum malefício à saúde. Segundo porque os tratamentos existentes só controlam a queda de cabelo. “Normalmente uma pessoa perde entre 80 a 100 fios de cabelo por dia, mas nasce mais ou menos a mesma quantidade. A pessoa começa a ficar calva quando caem muito mais que nasce”, explica Tovo. De acordo com o médico os remédios fazem você perder menos cabelo e podem “equilibrar” a situação, mas se o tratamento é interrompido a calvície volta a avançar.Existem dois tipos de tratamentos. Um que você espalha um creme sobre a cabeça para estimular a circulação do sangue e ajudar os fios a crescer. Esse tratamento usa remédios a base de minoxidil.
O dilema: ficar careca ou falhar na hora h? O outro tratamento age para impedir a ação da enzima 5-alfa-redutase. A base desse remédio é uma substância chamada finasterida que se toma por via oral em pílulas. Esse é aquele remédio que quase todos os homens já ouviram falar: impede que você perca mais cabelo, porém dizem que pode provocar problemas de ereção e falta de desejo sexual.
Mas segundo experiência nos pacientes do Dr. Tovo: “pouquíssimos pacientes relataram problemas de ereção ou de perda de apetite sexual”.O médico cita um estudo que feito alguns anos atrás com dois mil homens que tomam o remédio e outros dois mil que tomavam uma pílula de farinha ou açúcar. “Não houve diferenças significativas entre os dois grupos nos relatos de problemas sexuais” conta. Durante seis meses, o tempo do estudo, Tovo lembra que outras coisas podem provocar complicações na vida sexual, como problemas no trabalho ou falta de dinheiro. “Sem contar que só de ouvir que se pode ter um problema, muitos homens ficam nervosos e tem dificuldades de ereção”, afirma.
Para conviver bem com a calvície. A careca não precisa ser um problema. Assumir a calvície, ou o início dela, é sempre uma opção.
*
Por BioblogPe
Fonte: Biologia das populações (vol. 3) – Amabis e Martho, pg 124
Para quem não lembra existem genes que sua expressão é influenciada pelo sexo.
Sabe-se que alguns genes expressam-se em ambos os sexos, porém de maneira diferente. Um bom exemplo é justamente o danado do gene da calvície hereditária na espécie humana, característica mais comum em homem do que em mulheres.
A calvície pode ser explicada por um padrão autossômico que se comporta como dominante no homem ( basta ter um deles para ser calvo) e recessivo na mulher (somente mulheres homozigotas serão calvas). Essa diferença no comportamento do gene é determinada pelo ambiente hormonal do corpo da pessoa, ou seja, o alelo só atua como dominante na presença de hormônios masculinos.
O médico dermatologista Luis Fernando Tovo explica que a calvície é resultado da ação de uma enzima (a 5-alfa-redutase) sobre a testosterona, o principal hormônio masculino. “Sobre a ação dessa enzima, o hormônio masculino se transforma em didrotestosterona. E essa substância é responsável por diminuir a fluxo de sangue para o couro cabeludo. Com isso os cabelos crescem menos e mais finos”.Tovo é categórico quando afirma que não existe “cura” para a calvície. Primeiro porque ficar careca é algo natural e não trás nenhum malefício à saúde. Segundo porque os tratamentos existentes só controlam a queda de cabelo. “Normalmente uma pessoa perde entre 80 a 100 fios de cabelo por dia, mas nasce mais ou menos a mesma quantidade. A pessoa começa a ficar calva quando caem muito mais que nasce”, explica Tovo. De acordo com o médico os remédios fazem você perder menos cabelo e podem “equilibrar” a situação, mas se o tratamento é interrompido a calvície volta a avançar.Existem dois tipos de tratamentos. Um que você espalha um creme sobre a cabeça para estimular a circulação do sangue e ajudar os fios a crescer. Esse tratamento usa remédios a base de minoxidil.
O dilema: ficar careca ou falhar na hora h? O outro tratamento age para impedir a ação da enzima 5-alfa-redutase. A base desse remédio é uma substância chamada finasterida que se toma por via oral em pílulas. Esse é aquele remédio que quase todos os homens já ouviram falar: impede que você perca mais cabelo, porém dizem que pode provocar problemas de ereção e falta de desejo sexual.
Mas segundo experiência nos pacientes do Dr. Tovo: “pouquíssimos pacientes relataram problemas de ereção ou de perda de apetite sexual”.O médico cita um estudo que feito alguns anos atrás com dois mil homens que tomam o remédio e outros dois mil que tomavam uma pílula de farinha ou açúcar. “Não houve diferenças significativas entre os dois grupos nos relatos de problemas sexuais” conta. Durante seis meses, o tempo do estudo, Tovo lembra que outras coisas podem provocar complicações na vida sexual, como problemas no trabalho ou falta de dinheiro. “Sem contar que só de ouvir que se pode ter um problema, muitos homens ficam nervosos e tem dificuldades de ereção”, afirma.
Para conviver bem com a calvície. A careca não precisa ser um problema. Assumir a calvície, ou o início dela, é sempre uma opção.
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Por BioblogPe
Fonte: Biologia das populações (vol. 3) – Amabis e Martho, pg 124
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