quinta-feira, 24 de julho de 2008

Pilhas e pilhas de pilhas

O mundo moderno e suas praticidades e comodidades escondem grandes vilões ambientais. O que aparentemente não passam para nós de resíduos inofensivos, pode causar danos ambientais gravíssimos, um desses grandes vilões são as pequeninas pilhas. Paradoxal dizer que algo tão pequeno causa danos inimagináveis ao meio ambiente e consequentemente a saúde do homem. É assim a lei do retorno: quando administramos mal aquilo que usamos, provavelmente seremos uns dos prejudicados. É certo que muitas vezes após o uso da pilha muito de nós até guardamos elas por um tempo, mas ao perceber uma quantidade elevada dentro de casa, e sem saber o que fazer com elas, o seu destino termina sendo a lixeira sem mais cuidados. E lixo misturado, é lixo não tratado.
As pequeninas pilhas são classificadas como resíduos perigosos, pois são compostas de metais pesados altamente tóxicos e não biodegradáveis (degradado pela própria natureza), como o chumbo, o cádmio, o mercúrio. Como estas têm em sua maioria o destino de todo o lixo comum de uma cidade, os lixões, esses resíduos termina entrando em contato diretamente com o solo, com os cursos d’água e com os lençóis freáticos. Atingindo a fauna e a flora e, por meio da cadeia alimentar chega até o homem. Visto que esses compostos químicos são acumulados no organismo por fenômeno chamado de BIOACUMULAÇÃO. E o acumulo de metais pesados causa diversas e graves doença ao organismo.
Embora já existisse uma resolução do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) de 2000 para as problemáticas pilhas, onde passou a responsabilizar fabricantes, importadores e comerciantes de pilhas e baterias pela coleta destes produtos no fim de sua vida útil, de acordo com o princípio Poluidor Pagador. Porém pouco foi visto o seu efeito.
Nesta semana entrou em vigor o novo Decreto Ambiental que prever multa de até R$50 milhões para a indústria ou prefeitura que jogar o lixo tóxico em locais impróprios.
“Isso vai gerar efeito a curto prazo, porque antes só 5% das multas eram pagas. Os recursos na Justiça atrasavam o processo em quatro ou cinco anos; agora, não serão mais do que quatro ou cinco meses”, garante o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. (Jornal Hoje, 2008).

Reciclagem e destino das pilhas

Para as pilhas que têm em sua composição chumbo, cádmio e mercúrio o tratamento segundo o CONAMA tem que ser dado de forma especial, elas devem se entregues em postos de esgotamentos pelos usuários, aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada pelas indústrias. A universidade federal e o banco real (papa-pilhas) são alguns dos lugares onde encontramos estes postos. A dificuldade de encontrar quem recolha pilhas é devido ao fato de que para ser reciclada você precisa pagar pelo processo, diferente dos outros que você ganha juntando os resíduos. Como poucas empresas cumpriam a resolução do CONAMA citada acima, a maioria dos estabelecimentos não quer ter pra si esta responsabilidade.
Algumas pilhas podem ser descartadas em lixo comum, segundo a resolução 257 do CONAMA, sem qualquer risco ao meio ambiente, são as pilhas do tipo comum e alcalina que usa o sistema zinco/mangânes e alcalina/manganês, respectivamente.
Fique de olho e faça a sua parte, afinal o Meio Ambiente é direito e responsabilidade de todos.
Por BioblogPe
Fonte: http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0304/Dioxinas/gloss.htm
http://jornalhoje.globo.com/JHoje/0,19125,VJS0-3076-20080724-326212,00.html
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=residuos/index.php3&conteudo=./residuos/pilhas.html

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